quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ajude-me a lutar contra isso!

Há tanta gente defamando a educação hoje em dia que quando você tenta ter uma opinião diferente é quase banido da conversa. Às vezes é melhor desistir e se juntar à maioria, maldizendo os professores, os governantes, os alunos, as escolas, as diretoras, os pais, as mães, as emissoras de televisão... Enfim, tem hora que sobra até pra Deus.

O processo é este: os mais velhos da "tribo" se encarregam de ensinar às próximas gerações toda a cultura "reclamística" que foi se desenvolvendo no decorrer dos anos. Então os mais novos - com exceção dos prodígios da "tribo" que desenvolveram o dom de questionar - de tanto ouvir, começam a repetir. Rapidamente, de tanto repetir, esses passam a criar uma ideologia. E acreditando naquilo, passam a defender, a colocar em prática, a fazer virar realidade.

Eu pergunto apenas: Valeu a pena???

E Fernando Pessoa me responde: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

E eu volto a perguntar: Mas e quando a alma é sim pequena? 



Cri... Cri... Cri...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Educação & Vida


"A única finalidade da vida é mais vida.
Se me perguntarem o que é essa vida, eu lhes direi que é mais liberdade e mais felicidade.
São vagos os termos.
Mas, nem por isso eles deixam de ter sentido para cada um de nós.
À medida que formos mais livres, que abrangermos em nosso coração e em nossa inteligência mais coisas,
que ganharmos critérios mais finos de compreensão,
nessa medida nos sentiremos maiores e mais felizes.
A finalidade da educação se confunde com a finalidade da vida."

         (Anísio Teixeira)



Google Imagens
 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Muita Informação & Pouca Disposição

"Acredito no desenvolvimento profissional baseado no domínio do conteúdo, óbvio. Mas sinto que é insuficiente. Não importa que questões você está perguntando se, enquanto você as faz, os alunos estão correndo pela sala de aula." (por Elizabeth Green, publicado no The New York Times em 07/03/2010).

Quando começo a ler textos sobre educação, tudo parece ficar tão óbvio, tão claro. Chego a não entender porque há tanta dificuldade em transformarmos o contexto da educação brasileira. Mas percebo que é a falta de informação, ou melhor, a falta de interesse por essas informações, que contribui para mantermos uma prática estagnada, se não regressiva.

O problema é cada um querer ir por si, achar que é bom o suficiente e que é capaz de promover educação sozinho. Infelizmente ainda há muita ignorância nesse meio docente. Mas, como já dizia Paulo Freire, educação é política, não éh? E como é de conhecimento geral da nação, o problema da política é especificamente a ignorância. Sendo assim, a solução seria lutar contra ela. Mas como?

Simplesmente não me atrevo a pensar em estretégias para essa batalha. Até porque das muitas que já existem, apenas de mínima parte tenho conhecimento. Vou aqui, portanto, lutando contra a minha própria ignorância, estudando e praticando, estudando mais e praticando ainda mais. É quase que uma musculação docente. Sei que não vou conseguir mudar o mundo, mas se eu ficar musculoso já tá bom!

AbraÇOs

sábado, 21 de agosto de 2010

Construindo um Professor Melhor

Eis alguns trechos do artigo 'Construindo um Professor Melhor', publicado no jornal The New York Times, em 7 de março de 2010, por Elizabeth Green.

"Matemáticos precisam entender o problema apenas para si mesmos; professores de matemática precisam conhecer matemática e saber como 30 mentes podem entendê-la ou (des)entendê-la, e levar cada uma dessas mentes do não saber ao domínio. E precisam fazer isso em 45 minutos ou menos."


"Isso não era nem puro conhecimento do conteúdo nem aquilo que os educadores chamam de conhecimento pedagógico, um conjunto de fatos que independem do conteúdo da disciplina [...] Ball chamou isso de Conhecimento Matemático para Ensinar (ou M.K.T. na sigla em Inglês)."


"Ele teorizou que isso incluía tudo o que se compreende como matemática comum, entendida pela maioria dos adultos, até a matemática que apenas os professores precisam saber [...] ou qual é o sentido dos erros mais comuns e cotidianos que os alunos tendem a cometer quando começam a aprender." 


"No coração do M.K.T. estava a habilidade de sair de sua própria cabeça, de descentrar-se. Ensinar depende do que as outras pessoas pensam, disse Ball, não do que você pensa." 


Só pra eu não esquecer mais pra frente. Vou pensar sobre isso e volto a escrever.

Até mais.